terça-feira, 18 de abril de 2017

Submundo - Creepypastas #5

 Não sei o que é pior, os gritos que acabaram há algumas semanas atrás, ou o silencio que caíra desde então. Antes, eu sentia que tudo deveria ser feito para ajudar os outros. Agora, na minha introspecção, eu não sei mais.
 Era um dia como outro qualquer na cidade. Solarengo, cheio de pessoas e movimentado. Eu esta a caminho do trabalho num grande banco nacional, onde recentemente comecei uma estágio. Eu lembro-me bem desse dia porque, apesar do facto óbvio que o mundo acabou nesse dia, eu tinha finalmente encorajado-me para falar com a bela secretária de fundo do corredor. As coisas pareciam estar a correr bem para mim nesse dia. Eu ia para o trabalho todos os dias, e o transito estavam fluído nesse dia. Foi quando as sirenes tocaram.
 Como esperado, houve um grande pânico. Eu vi como milhares de pessoas correram em histeria, todas indo para absolutamente lado nenhum. Algumas correram para o metro ou algum lugar subterrâneo. Há tantos lugares para onde ir e como disse anteriormente, as pessoas não estavam a ir para muito longe. A única opção que eu tinha era a de seguir todos aqueles para o metro. Havia alguns funcionários militares no corredor a guiar-nos para o túnel, eles vestiam fatos militares anti-gás completos como se fossem equipados para algum tipo de ataque químico ou biológico. Não dava para ver as suas faces e pareciam sinistros. Algumas pessoas estavam a chorar e as crianças gritavam enquanto os pais arrastavam-nas por o túnel escuro.
 Deveriam ter passado algumas horas desde que entrei nesta escuridão juntamente com uma multidão de pessoas, quando mais militares, vestidos de maneira similar há que eu mencionei há pouco, deram o sinal para virarmos à esquerda para dentro de um abrigo gigante. O código N77R2D80F estava escrito placa de aço. Eu fui sortudo por entrar porque ouvi tiros logo que passei as entradas de metal e as grande portas de bronze eram fechadas atrás de nós. Muitos gritos poderiam se ouvir assim como muitos tiros. Depois de alguns minutos as coisas ficaram sossegadas do lado de fora.
 Explosões começaram por volta de 15 minutos mais tarde. Os barulho era ensurdecedor e o chão tremeu como se os próprios deuses estavam a tentar matar-nos. As crianças continuaram gritar durante esse tempo todo e continuaram até muito depois. A coisa que mais me perturbou foi a falta de barulho vindo do lado de fora.
 As coisas mantiveram-se calmas no abrigo durante os dias seguintes. As pessoas falavam sobre o que poderia ter acontecido lá fora, e havia chegaram a um consenso que foi uma explosão nuclear que tinha destruído tudo à superfície. Era um milagre ainda estarmos vivos para ser honesto. Havia uma pequena cafetaria para nós, mas estava obviamente sobrelotada devido à quantidade de refugiados. As porções de comida eram consideravelmente pequenas e pareciam desumanas, apesar de todos sabermos que não era suficiente para todos.
 Foi por volto do terceiro ou quarto dia que barulhos começaram a vir de fora do abrigo. Os soldados foram ordenados pelo seus superiores para não abrirem a porta por razão alguma e eu penso que todos estávamos agradecidos por isso. Nenhum de nós queria ver o que estava no outro lado; especialmente quando começamos a ouvir súplicas.  
 "Nós sabemos que estão aí! - Têm de nos deixar entrar - Ajudem-nos - Estamos a morrer aqui fora, façam algo!- Pelo amor de Sabraac, ajuda!"
 Isso continuou por três horas até que se ouviu tiros vindo do outro lado da porta. Eu não quero saber de quem veio esses tiros, mas estamos todos contentes com sossego.
  Uma semana depois, as vozes voltaram. Desta vez elas amaldiçoaram e ameaçaram-nos. Disseram que quando conseguissem entrar eles comeriam a nossa carne e chupariam a medula dos nossos ossos. Eu tentei que o medo não me consumisse mas não estava a conseguir. As vozes seguiam-me durante o sono e causavam pesadelo terríveis. Eu sonhei que estava lá fora sendo perseguido por sub-humanos que tentavam comer-me. Eu sei que eram apenas sonhos, mas quem sabe se não são tão longe da realidade.
 Recentemente os líderes do abrigo tinham concordado em cortar as nossas rações em metade. Houve um protesto e um pequeno grupo tentou apoderar-se da cafetaria, mas foram todos fuzilados.Eu comecei a juntar a comida que tinha na minha mala do trabalho. Como eu disse, não era muita, mas guardava o que podia quando podia.
 Eles estão dentro do abrigo e eles não são humanos. Tive um deslumbre deles enquanto eu corria através dos corredores e aquelas coisas não são humanas. Eles têm terríveis olhos verdes brilhantes, e a pele era amarela sem qualquer tipo de pelo. Eu encarei um deles e nesse momento eu senti o ódio que ele, ou aquilo, tinha por mim. Um passo, dois passos, e depois finalmente três tiros na sua cabeça vindos da esquerda. Eu não parei para esperar e cumprimentar o meu salvador. Eu corri. Eu corri o mais rápido que podia. Tu provavelmente pensarás que sou covarde pelo que contarei a seguir, mas pouco me importa.
  Eu cheguei à cafetaria e corri para a cozinha. O pequeno almoço estava a ser servido, então uma das despensas não estava trancada, e ninguém estava perto de mim. Eu tranquei a porta atrás de mim e ouvi a carnificina lá fora. Tiros continuaram-se a ouvir durante as horas seguintes, e seguiu-se silencio. Passei o tempo a ver quanto comida tinha e era suficiente para sobreviver, vamos dizer, tempo longo como o c@#%&lho. Um soldado estava deitado cá dentro, perto da porta, com a sua espingarda à sua frente. Eu peguei nela e guardei.
 Eu estou nesta sala há mais tempo que consigo contar. Pela pilha de latas na parede, eu acho que foi algo como um mês. O cadáver desta sala entrou em decomposição há muito tempo, e o fedor é horrendo. Isso enche as minhas narinas dia e noite.
 O pior de tudo é que eles sabem que estou aqui. Eles sabem que me tranquei nesta sala e eles continuam a dizer que eu vou morrer aqui. Eu vou morrer neste sala. Este é o lugar. Eles sussurram para mim durante o meu sono que eles vão esfolar os meus olhos e arrancar os meus dedos um por um.
 Eu passo os meus dias no meu canto, olhando para o cadáver podre, desejando que este inferno acabe. Eu pensei varias vezes em apenas disparar em mim próprio e este pesadelo terminava. A comida está a acabar, e a ideia parece cada vez mais e mais tentadora.
 Aquelas coisas vazias chamam o meu nome. Na minha solidão eu contei-lhes quem eu era. Eles disseram para abrir a porta e que tudo iria acabar. Aqueles vazios, coisas desumanas disseram-me para acabar. Acabar com a tortura com a minha própria vontade.
 Eles acertaram numa coisa. Amanhã, quando acordar, eu acabar com este inferno por própria vontade.

Escrito por Valley Rat, traduzido por o blog Atrás da Porta.

Hoje faz 20 dias que as postagens no blog tornaram-se diárias, antes disso tínhamos nessa altura por volta de 300 visitas no blog e pouco mais de 10 seguidores no facebook e hoje contamos com quase 4800 visitas no blog e quase 70 seguidores no facebook, crescemos bastante com os post diários por isso vamos continuar a publicar todos os dias. Obrigado a todos que lêem o nosso blog e esperemos que daqui a 80 dias o blog tenha crescido tanto como cresceu nos últimos 20.

- Creepypasta original (inglês)

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